17 de set. de 2010

Botafogo

Na bola e na vida, Somália desarma dificuldades com sorriso no rosto.

Reforço do Botafogo contra o Cruzeiro afirma que, mesmo diante de problemas, sempre confiou na alegria como arma para vencer.

Dois dias depois de uma derrota por goleada e na véspera do jogo contra o Cruzeiro, considerado decisivo, o sorriso voltou ao Botafogo. E personificado na figura de Somália. A recuperação de um estiramento muscular foi apenas um leve obstáculo na trajetória do paulistano que, acostumado a enfrentar dificuldades na vida e na profissão, elegeu a alegria como remédio para fazer o que gosta e contagiar aqueles que estão à sua volta.

Nascido no bairro de Vila Nova Galvão, Zona Norte de São Paulo, Somália efetuou desarmes na tristeza tão precisos quanto os que executa quando está em campo. Nem mesmo diante das dificuldades financeiras de sua família o menino Paulo Rogério Reis Silva se deixou abater. Aos 7 anos elegeu o futebol como diversão e caminho para um futuro melhor, mas enquanto não podia pagar as contas com ele, se divertia nos campos de pelada e correndo atrás para custear suas brincadeiras.

- Distribuía panfletos em eleições e vendia flores para ganhar um trocado e poder comprar bolinha de gude ou pipa. Tive uma infância difícil. Meus pais nunca me deixaram faltar nada, na medida do possível, principalmente educação. Mas era uma vida humilde. Mesmo assim, sempre fui brincalhão. A alegria é sempre importante para vencer os momentos ruins - ensina ele, que é filho de um mecânico, já falecido, e de uma auxiliar de papiloscopista aposentada.

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